Espaçamento ótico e espaçamento mecânico

Outra das minhas paixões, agora um pouco adormecida, é o design gráfico.
Hoje em dia, com o advento dos PC's, muitas pessoas se acharam habilitadas a fazerem suas próprias propagandas, publicidades e até mesmo logotipos. Acham que para isso basta ter om computador. O problema é que a grande maioria não entende "bulhufas" da profissão, e acabam deixando a desejar... E o trabalho de profissionais, que estudaram para isso, acaba sendo desvalorizado.
Neste manual abaixo, das décadas de 50/60, (acho que é de Ross F. George), que herdei de minha mãe, da época em que cartazes e lay-outs eram feitos a maioria à mão livre, já havia estudos que hoje ainda prevalecem. Mas quase ninguém se baseia em coisas antigas, acham que são ultrapassadas.

É um erro comum os ditos "designers" não saberem espaçar corretamente as letras. Os programas atuais, oferecem meios de se trabalhar perfeitamente as letras, com a opção do espaçamento ótico, (onde as letras irregulares não podem manter a mesma distância que as regulares), pois o resultado não será harmonioso e prejudicará a legibilidade e a unidade do logotipo. Observe acima, na palavra "spacing", qual o melhor visualmente falando?

Lendo o artigo da coluna - Bruno Porto, "Atirando no pé do design nacional. Pergunte-me como!", publicada no boletim 01/2009 do Portal DesignBrasil.org.br (http://www.designbrasil.org.br/portal/artigos/exibir.jhtml?idArtigo=1362), fiquei muito contente pelo fato de o design gráfico profissional estar cada vez mais presente no mercado, e que tanto estudantes como agências podem oferecer um bom trabalho.

O que mais me chamou a atenção foi que o anúncio feito por uma agência especializada, conforme as notas de Bruno Porto, pecou no espaçamento das letras do seu novo logotipo, ( o "r" do drops deveria estar mais próximo do "o"). No outro logotipo da Made Moi Selle, feito por estudantes, também concordo que as letras todas deveriam manter a mesma espessura, porque a primeira vista o nome parece ser apenas "moi". Entretanto, acho bem pior o erro da agência, que teoricamente deveria ter um bom estudo do caso e ser perfeito. Ambas as partes necessitam de mais estudo, o que falta na juventude atual. Deve-se sim, é reconhecer o talento do profissional independentemente de sua formação.

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